Reunindo virtualmente uma multiplicidade de vozes de artistas e pensadores de campos diversos, os programas ampliam discussões propostas pelas obras da Itinerância em um contexto de distanciamento social. Em duas conversas, artistas presentes na exposição debatem racismo e representação indígena nas artes e no audiovisual. Ao longo dos três meses da mostra, o Canal VB disponibiliza versões editadas de nove seminários realizados na 21ª Bienal. Buscando pensar o futuro à luz das urgências do nosso tempo, eles contam com a participação da ativista Lucy Lippard, do filósofo Vladimir Safatle e da travesti Amara Moira, entre outros. Além desses conteúdos, os códigos QR que aparecem junto às sinopses das obras – aqui e na exposição – podem ser usados a qualquer momento para acessar depoimentos dos artistas sobre elas.
CONVERSAS
RACISMO E ARTES VISUAIS
Rosana Paulino e No Martins, que participam da Itinerância com a instalação Das avós (2019) e a série de pinturas #Jábasta! (2019), respectivamente, falam dos seus trabalhos e do impacto do racismo brasileiro no ambiente das artes visuais.
07.01.2021 | 19h
youtube.com/c/SESCCampinasSP
POVOS INDÍGENAS E REPRESENTAÇÃO
A relação entre o audiovisual e a imagem dos povos indígenas é o tema da conversa entre Roney Freitas e Isael Maxakali, autores de GRIN (2016), que lembra a formação da Guarda Rural Indígena (Grin) pela ditadura militar brasileira.
23.2.2021 | 19h30
youtube.com/c/SESCCampinasSP
SEMINÁRIOS
DEZEMBRO
O TEMPO DEPOIS DO ADVENTO DA VIDA VIRTUAL
Guilherme Wisnik, professor da FAU/USP e Laymert Garcia dos Santos, professor titular do departamento de sociologia da Unicamp, falam de como a virtualização da vida afeta nossa ideia de tempo. Mediação: Luisa Duarte.
ARTE E PEDAGOGIA: PRÁTICAS CONTRA-HEGEMÔNICAS NO PRESENTE
A pesquisadora Marisa Flórido e o curador Pablo Lafuente discutem práticas artísticas, educativas e híbridas que extrapolam e confrontam circuitos institucionalizados e mentalidades majoritárias. Mediação: Gabriel Bogossian.
IMAGINAR EM TEMPOS DE COLONIZAÇÃO DAS SUBJETIVIDADES
A curadora Clarissa Diniz e a psicanalista e crítica Suely Rolnik propõem diferentes formas de refletir sobre os efeitos produzidos pela violência do regime colonial no imaginário e na subjetividade. Mediação: Juliana Braga.
JANEIRO
A (NÃO) ELABORAÇÃO DO PASSADO E SUAS CONSEQUÊNCIAS NO BRASIL ATUAL
A psicanalista Maria Rita Kehl, que atuou na Comissão Nacional da Verdade (2012-14), e a artista Rosana Paulino analisam o apagamento da memória das violências da escravidão e da ditadura militar brasileira. Mediação: Luisa Duarte.
COMO VIVER JUNTO? ATUALIZANDO A PERGUNTA
A curadora Lisette Lagnado e Peter Pál Pelbart, professor titular de filosofia da PUC-SP, retomam a questão da coabitação de mundos, mote da 27ª Bienal de São Paulo (2006), à luz de um novo conservadorismo. Mediação: Ana Paula Cohen.
A FAVOR DE UMA NOVA IMAGINAÇÃO POLÍTICA
As visões políticas que emergem na produção artística atual, na leitura de Vladimir Safatle, professor livre-docente de filosofia da USP, e Márcio Seligmann-Silva, professor de teoria literária da Unicamp. Mediação: Luisa Duarte.
FEVEREIRO
OS LIMITES E AS PROMESSAS DA ARTE POLÍTICA
A ativista e escritora norte-americana Lucy Lippard fala da importância renovada de uma arte socialmente engajada em tempos de “tsunamis” de questões a enfrentar e perplexidades a vencer. Mediação: Miguel Angel López.
FEMINISMOS CONTEMPORÂNEOS SOB UMA PERSPECTIVA DECOLONIAL
Amara Moira, travesti e doutora pela Unicamp, e Juliana Borges, ex-secretária-adjunta de políticas para mulheres de São Paulo, discutem feminismos no contexto das lutas antirracismo e pelos direitos LGBTQI+. Mediação: Diane Lima.
IMPRENSA, ATIVISMO E ARTE: PRODUÇÕES LGBTQI+ ONTEM E HOJE
O escritor João Silvério Trevisan, o ativista Elvis Stronger e os cineastas Vitor Grunwald e Paulo Mendel olham para a articulação ativismo, mídia e arte na comunidade LGBTQI+ de uma perspectiva histórica. Mediação: Gabriel Bogossian.