Adrian Paci
1969 | Escodra, Albânia
Vive em Milão
É artista visual, pesquisador e professor, formado pela Akademia e Arteve, Tirana. Trabalha principalmente com vídeos e instalações, mas também fotografia, performance, pintura e escultura. Se mudou para Milão, Itália, em 1997 – fugindo da violência em seu país natal – e dedica boa parte de sua obra a temas ligados ao exílio: separação geográfica, memória, pertencimento e a mutabilidade da vida e da arte. Frequentemente aparece em seus vídeos, assim como seus familiares, em situações fantasiosas que se mesclam à aspereza do cotidiano. Teve individuais recentes no Haifa Museum of Art, Israel (2022); Kunsthalle Krems, Áustria (2019); e participou de coletivas na Bienal de Arquitetura de Veneza (2014); nas bienais de Lyon, França, e Havana, Cuba (2011); Tate Modern, Londres, Inglaterra (2008); e MoMA PS1, Nova York, EUA (2005). Vive em Milão.
Il Salto, 2014
Mosaico de mármore
Neste mosaico, a imagem em preto e branco de uma figura humana em movimento se desmancha em um fundo terroso e dessaturado, onde as tésseras de pedra congelam a instabilidade dos pixels. A imagem original é de um salto de um soldado, retirada de um documentário da década de 1970, disponível no YouTube, sobre treinamentos militares. O título, no entanto, pode se referir também a diversas figuras suspensas no vazio, em diversos momentos da história da imagem técnica. As origens específicas das imagens em suas obras são menos importantes do que a ambiguidade produzida tanto por sua extração do contexto como pela transposição de meio. A perda de cores e nitidez, assim como das referências originais, então tornadas fixas em mármore, cria uma distância frente à imagem que abre espaço para outra temporalidade possibilitada pelo ato de enquadrar.