Um percurso pensado para públicos com necessidades diversas atravessa a exposição de artistas selecionados e convidados para a 22ª Bienal Sesc_Videobrasil. Mobilizando recursos que ativam sentidos e imaginação — experiências táteis e sensoriais, audiodescrições, videolibras, legendas em braile —, ele oferece a pessoas com deficiências possibilidades e superfícies ampliadas de contato e fruição de uma seleção de obras, representativa das linguagens, ideias e lugares culturais presentes na exposição.

Na saída do elevador do 5º andar do Sesc 24 de Maio, seguindo o piso tátil das rampas, um painel acessível de boas-vindas, com audioguia e videolibras, introduz o público às ideias curatoriais exploradas pela bienal. Na saída da rampa, um mapa tátil reproduz o traçado do percurso acessível, localizando as obras que contam com reproduções táteis, audiodescrições, LSE e outros recursos de acessibilidade.

O trajeto inclui duas reproduções e uma obra original que podem ser tocadas, permitindo ao público entender seus relevos e texturas: uma pintura em relevo 2-D da artista australiana Kaylene Whiskey, do coletivo Iwantja Arts; uma foto tátil com relevo do artista chinês Isaac Chong Wai e uma escultura da cooperativa de trabalhadores CATPC. Os vídeos do artista Maisha Maene, da República Democrática do Congo, e da portuguesa Sofia Borges contam com legendas para surdos e ensurdecidos, que acrescenta aos diálogos a descrição da narrativa sonora. Por fim, as obras audiovisuais de Maksaens Denis, do Haiti, e da brasileira Janaina Wagner podem ser sentidas com o corpo, graças a tecnologias como o vibroblaster, que transforma o áudio em vibrações sensíveis, e o aro magnético, que transmite o som diretamente para aparelhos auditivos.


PERCURSO ACESSÍVEL
ANDAR — ESPAÇO EXPOSITIVO