![Antonio Pichilla Quiacain](https://bienalsescvideobrasil.org.br/webroot/uploads/media_library/2023-04-24_160355_6446d29b6dded.jpg)
Antonio Pichilla Quiacain
1982 | San Pedro La Laguna, Guatemala
Vive em San Pedro La Laguna
É artista visual formado pela Escuela Nacional de Artes Plásticas Rafael Rodríguez Padilla, Cidade da Guatemala. Indígena do povo Maya Tz’utujil, trabalha especialmente com tecelagem, mas também com instalação, pintura e vídeo. Sua investigação se baseia, em grande parte, na cultura e nos símbolos de seu povo, sediado na região do Lago Atitlan, e apresenta um olhar constante para as vivências e fazeres coletivos. Como o artista destaca, aprendeu com sua mãe a tecelagem, prática usualmente associada às mulheres na cultura Tz’utujil. Teve individuais recentes na La Nueva Fábrica, Santa Ana, Guatemala (2022); Hessel Museum of Art, Dutchess, EUA (2022); e esteve em coletivas no Denver Art Museum, EUA (2022); Trienal de Kathmandu, Nepal (2022); e 11ª Bienal de Arte Contemporânea de Berlim, entre outras. Vive em San Pedro La Laguna.
![Abuela](https://bienalsescvideobrasil.org.br/webroot/uploads/media_library/2023-09-27_173041_651490f132ea1.jpg)
Abuela, 2018
Têxtil
![Cuatro puntos cardinales](https://bienalsescvideobrasil.org.br/webroot/uploads/media_library/2023-09-27_172910_65149096d1334.jpg)
Cuatro puntos cardinales, 2022
Têxtil
![Semilla](https://bienalsescvideobrasil.org.br/webroot/uploads/media_library/2023-09-27_172721_65149029b9d7d.jpg)
Semilla, 2020
Têxtil
Nestes três trabalhos têxteis, o artista usa técnicas aprendidas com a mãe. Na cultura Maya Tz’utujil, as mulheres são responsáveis pelo fazer têxtil. Recodificando essa tradição, Pichilla Quiacain se serve da técnica e desenvolve respostas plásticas das mais diversas. Abuela [avó] traz a reverência à sabedoria feminina no título, e se caracteriza por impressionantes torções, além de um jogo sutil de cores. Já Semilla [semente] e Cuatro puntos cardinales [quatro pontos cardeais] jogam com o contraste entre os fios de lã, a cor preta e pequenos pontos vermelhos. Os elementos contidos nos nomes dizem respeito não apenas aos ciclos da vida, mas também à orientação espacial-geográfica; remetem-nos à Terra, ao espaço, à paisagem. Interessante notar como esses diferentes universos existenciais e vitais são ecoados na linguagem plástica – que, em um rápido olhar ocidental, rapidamente seria relacionada às narrativas da abstração.