Brook Andrew

Brook Andrew

1970 | Sydney, Austrália

Vive em Sydney

É artista visual e curador formado pela University of New South Wales e pela University of Western Sydney, ambas em Sydney. Trabalha com instalação, vídeo, pintura, performance e colagens – que misturam de fotos antigas a luzes de neon –, em uma prática fundamentada na sua perspectiva como descendente de indígenas Wiradjuri, de celtas e judeus. Lida com as opressões e amnésias históricas e aponta as limitações impostas pelas estruturas de poder, com o desejo de fomentar formas indígenas de conhecimento. Foi diretor artístico da 22ª Bienal de Sydney, Austrália (2020) e ganhou importantes prêmios como o do Musée du Quai Branly, Paris, França (2016). Teve individuais recentes na Perth Institute of Contemporary Arts, Sydney (2020); e Kunstlerhaus Bethanien, Berlim, Alemanha (2019). Participou das bienais de Sharjah, EAU (2023); Honolulu, Havaí (2019); Sydney (2018); entre outras. Vive em Sydney.

Wira Memory / Nenhuma memória

Wira Memory / Nenhuma memória , 2023

Instalação

Respondendo ao partido curatorial da exposição e à arquitetura do Sesc 24 de Maio, Andrew cria um neon da frase “Na vida nenhuma memória se esquece de tudo até a morte” (no original, “Into life wira memory forgets everything until death”; a palavra Wiradjuri “wira” significa “não”). Assim como em outros trabalhos, o artista joga aqui com as escritas e falas da língua colonial inglesa e do idioma Wiradjuri, bagunçando a leitura dos anglófonos. A frase foi instalada na testeira do espaço central da exposição, sobre uma pintura com um motivo em preto e branco que dialoga com os padrões geométricos encontrados em árvores entalhadas pelos Wiradjuri. Pairando acima do corpo do espectador e das obras em exposição, pode ser vista a partir de grande parte da sala. As palavras de Andrew ecoam as poéticas dos outros artistas e nos levam a pensar coletivamente sobre tradução, recodificação, tradição, permanência e resistência.