Hsu Che-Yu
1985 | Taipei, Taiwan
Vive em Taipei
É artista visual, mestre pela Tainan National University of the Arts, Taiwan. Trabalha as relações entre meio e memória, principalmente através de animações, vídeos e instalações enquanto meios que não somente retraçam a história dos eventos representados, mas também participam da construção das memórias, sejam elas privadas ou coletivas. Participou de exposições individuais na Vanguard Gallery, Shanghai (2020); Taipei Fine Arts Museum (2015); e coletivas como a Bienal de São Paulo (2021); VIDEONALE.18, Bonn, Alemanha (2021); Shanghai Biennale (2018); e de festivais como o Festival Internacional de Cinema de Roterdã, Holanda (2022, 2020, 2018); e o New York Film Festival, EUA (2020). Foi residente no Le Fresnoy – Studio National des Arts Contemporains, França e ganhou prêmios como Videonale Award of the Fluentum Collection (2021) e Loop Barcelona Video Art Production (2020). Vive em Taipei.
Lacuna, 2018
Vídeo, 40'31''
A animação parte de lembranças da família do irmão do artista e soma a elas a memória de dois processos criminais que aconteceram em Taipei, cidade natal do artista, e foram assunto de noticiários: o assassinato de um adolescente e o testemunho de um transeunte que viu um cachorro vagar pela rua carregando na boca uma cabeça irreconhecível de mulher. Uma agência de notícias populares, que recria casos polêmicos com animações 3-D, remontou o assassinato do adolescente, e o departamento de polícia local produziu um desenho a lápis do possível rosto da mulher antes de sua morte, considerando a forma de seu crânio. Depoimentos, ficção, reencenações e recursos de renderização e animação digital, além de procedimentos forenses e jornalísticos, integram-se à construção da obra, que ressalta tanto a precariedade da memória quanto o caráter artificial de sua construção e visualização.