Iwantja Arts
1980 | Indulkana, Austrália
É um coletivo de artistas da comunidade indígena de Indulkana, Austrália Central. Fundado no início dos anos 1980 pelos artistas e diretores Alec Baker e Sadie Singer, hoje fomenta a carreira artística de seus mais de 40 membros, proporcionando acesso ao desenvolvimento artístico e profissional. Trabalhando principalmente com pintura, o coletivo também abrange projetos que utilizam materiais e processos experimentais, bem como um programa multimídia de vídeos e filmes que promovem a narrativa indígena contemporânea e o aprendizado intergeracional. Suas obras já foram expostas na Michael Reid Gallery, Sidney, Austrália (2023); Bienal de Arte de Bangkok, Tailândia (2022); e Gropius Bau, Berlim, Alemanha (2022).
Kaylene Whiskey: Dolly and Catgirl, 2021
Pintura
Kaylene Whiskey: Wai Cat Lady, 2021
Pintura
Vincent Namatjira: Elizabeth and Vincent (on Country), 2021
Pintura
Vincent Namatjira: Albert Namatjira Meets Queen Elizabeth II and Prince Philip, Canberra, 1954, 2021
Pintura
Tiger Yaltangki: Malpa Wiru (831-21), 2021
Pintura
Tiger Yaltangki: Malpa Wiru (833-21), 2021
Pintura
O coletivo Iwantja Arts é representado aqui por três artistas: As duas
pinturas de Kaylene Whiskey incorporam referências da cultura pop e das
tradições Anangu, em uma interpretação de sua experiência pessoal e da
vida em uma comunidade indígena hoje. Sua prática conecta a cultura dos
anciãos às referências de uma geração mais jovem, que cresceu sob
influências externas. A produção de Tiger Yaltangki é informada pela
música; ele pinta uma trilha sonora eclética, que vai de Creedence
Clearwater Revival ao desert reggae local, passando pelo hard rock. Os
mamu, seres espirituais Anangu, surgem ao lado de elementos de filmes de
ficção científica e programas de TV. Vincent Namatjira, bisneto de
Aranda Albert Namatjira, artista célebre na região, é um observador da
política global. Seus retratos de figuras públicas explicitam ligações
entre liderança, riqueza, poder e influência. Seu imaginário envolve a
história colonial da Austrália, a família real britânica e a vida
indígena contemporânea. Pelo autorretrato, Namatjira se insere em
narrativas marcadas pelo humor, que muitas vezes confundem passado e
presente.