Karel Koplimets, Maido Juss

Karel Koplimets

1986 | Talin, Estônia

Vive entre Gante e Talin

 

É artista visual, mestre em fotografia pela Estonian Academy of Arts, Talin, com pós-graduação pela Higher Institute for Fine Arts (HISK), Bruxelas. Suas instalações, feitas a partir de fotografias e vídeos, criam ambientes imersivos que têm como um dos principais temas o medo. As obras também tratam das transformações econômicas na era neoliberal e suas consequências na vida, no imaginário e no sistema de crenças das pessoas. Recebeu prêmios como o Estonian Artist Laureate Salary (2020); apresentou mostras individuais recentes na (AV17) Gallery, Vilnius, Lituânia (2022); Tartu Art House, Estônia (2020); e esteve em coletivas no Hunt Museum, Limerick, Irlanda (2022); e no Park Sonsbeek, Arnhem, Holanda (2021). Vive entre Gante e Talin.

 

Maido Juss

1983 | Talin, Estônia

Vive em Talin

 

É artista visual formado em fotografia pela Estonian Academy of Arts, Talin, e pela Tallinn Polytechnic School. Seus trabalhos em fotografia e vídeo buscam construir experiências imersivas, nas quais a memória, a nostalgia, as subjetividades e o campo do sensível têm papel central. Em sua mais recente videoinstalação, trata das consequências da ordem econômica neoliberal na consciência humana, no imaginário e no sistema de crenças pessoais. Participou de exposições em espaços como Drakon Gallery, Talin, Estônia (2019); Tartu Kunstimuuseum, Estônia (2015); Galeria Hobusepea, Talin (2011); e de eventos como a Estonian Photographic Art Fair, Talin (2013, 2014). Vive em Talin.

 

 

 

 

Flat Circle

Flat Circle, 2019

Instalação

Flat Circle [círculo plano] é uma estrutura metálica vazada que oferece superfícies de apoio para dezesseis telas LCD. Noticiários e programas de várias épocas, documentários, propagandas e telas fora do ar produzem uma cacofonia sonora e visual que mistura fatos reais, ficções e deepfakes. A obra é uma colaboração pontual entre Karel Koplimets e Maido Juss, que refletem sobre os efeitos de distorções e excessos de informação sobre o nosso imaginário e nosso sistema de crenças. A ambos interessa tensionar a suposta objetividade jornalística, revelando a presença, nas narrativas midiáticas, de estratégias típicas do cinema de ficção: a espetacularização da imagem, a geração de um estado constante de tensão e o encobrimento de informações relevantes. Assim, as respostas emotivas da ansiedade e do medo, que geram o anseio constante por notícias e a insegurança sobre suas fontes, se mostram consequências inevitáveis da economia neoliberal da informação.