Leila Danziger
1962 | Rio de Janeiro-RJ, Brasil
Vive no Rio de Janeiro
É artista, poeta e professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), doutora em história da arte pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Brasil. A partir de documentos históricos como jornais antigos, fotografias e livros didáticos, seus trabalhos exploram as relações entre memória e esquecimento, utilizando múltiplas técnicas e materiais como serigrafias, textos, fotolitografias e vídeos. Apresentou exposições individuais em instituições como Museu Judaico de São Paulo (2022); Caixa Cultural, São Paulo e Brasília (2019); e participou de coletivas em espaços como a Otterbein University, Ohio, EUA (2022); Instituto Goethe Salvador (2020); e Museu de Arte do Rio (2019, 2018). Nos últimos anos, publicou os livros "Descer da nuvem" (2022) e "Navio de emigrantes" (2019). Vive no Rio de Janeiro.
O que desaparece, o que resiste, 2023
Instalação
A instalação é organizada dentro de uma banca de jornal. A lembrança de ambulantes e camelôs ronda a proposta. Na banca, Danziger apresenta a série Diários públicos, que vem realizando desde 2001, composta de cerca de cem páginas de jornais apagadas com um método extrativo que remove a primeira camada do papel sem rasgá-lo. Também são apresentados na banca três trabalhos em vídeo — Diários públicos, Vanitas e When the Man’s Castle Is a Storage Room —, baseados no gesto de apagar jornais. O trabalho de Danziger é uma reflexão sobre a passagem do tempo e a construção de narrativas e silêncios que elabora a tensão da relação indissociável entre memória e esquecimento. Suas informações arruinadas paradoxalmente sugerem que esquecer pode ser uma medida higiênica e saudável diante da massa informativa, e tantas vezes inútil, dos meios de comunicação, que ameaça de esquecimento a experiência e o sentido, sempre tão precários e provisórios.