Sada [regroup]

Sada [regroup]

2011 | Bagdá, Iraque

Vivem em Bagdá

É um coletivo de artistas. Sada, que significa “eco” em árabe, foi concebido pela artista iraquiana Rijin Sahakian em 2011 para apoiar os artistas de Bagdá que enfrentavam os prejuízos causados à infraestrutura de arte e educação no Iraque após os ciclos de guerra, sanções, ocupações e contínua insegurança política. De uma sala de aula alugada na margem de um rio até um estúdio dirigido pelos próprios artistas, os participantes se reuniam e participavam de um programa de educação e produção de seminários, discussões e oficinas, virtual e presencialmente, criando redes de suporte durante este período que transformou as condições de vida no país. Em 2015, o coletivo encerrou oficialmente suas atividades. Em 2022, Sajjad Abbas, Bassim Al Shaker, Ali Eyal, Sarah Munaf e Rijin Sahakian se reuniram novamente como Sada [regroup] para fazer um vídeo antológico, apresentado na documenta 15, Kassel, Alemanha (2022). Vivem em Bagdá.

 

Sada [regroup]
Sada [regroup]
Sada [regroup]

Sada [regroup], 2023

Vídeo, 54'

A obra reúne cinco curtas-metragens em uma Antologia da produção do grupo desde a primeira Guerra do Golfo, em 1991, até o momento atual, desenhando um quadro complexo sobre a importância da arte como meio de expressão e denúncia na Bagdá contemporânea. Sajjad Abbas mostra artistas em operações de guerrilha, inscrevendo no tecido urbano testemunhos anônimos da violência cotidiana contra a população. Ali Eyal compõe um relato intimista e poético sobre o sentido da arte em tempo de guerra. Em tom de diário, e com ironia, Sarah Munaf comenta o impacto dos novos meios de comunicação na vida e na arte. Bassim Al Shaker intercala imagens reais e delicadas animações para falar do trauma da violência e da tortura. Em seu filme-ensaio, Rijin Sahakian pergunta-se por que teria estimulado o grupo a produzir vídeos, sendo que o Iraque se tornou o teatro de uma das guerras mais televisionadas da história, além de um laboratório das tecnologias da imagem que ditam nosso cotidiano.