Seba Calfuqueo

Seba Calfuqueo

1991 | Santiago, Chile

Vive em Santiago

É artista visual e curadore, parte dos coletivos Mapuche Rangiñtulewfü e Yene Revista. Suas instalações, cerâmicas, performances e vídeos recorrem à sua ascendência Mapuche para propor uma reflexão crítica sobre o status social, cultural e político do sujeito Mapuche no Chile e na América Latina. As semelhanças e diferenças culturais, bem como os estereótipos produzidos pelo cruzamento entre os modos de pensar indígena e ocidental, estão no centro de seu trabalho, que também dá visibilidade às questões de gênero e dissidência sexual. Realizou mostras individuais na Galeria 80m2 Livia Benavides, Lima, Peru (2019); Parque Cultural de Valparaíso, Chile (2018); e coletivas no Palais de Tokyo, Paris, França (2022); e Bienal de São Paulo (2021). Ganhou prêmios da Municipalidad de Santiago, Fundación FAVA e Eyebeam. Vive em Santiago.

 

¿Chumal elkaniengeal? /¿Para qué guardar? / Why saving?

¿Chumal elkaniengeal? /¿Para qué guardar? / Why saving?, 2022

Vídeo, 12'

O vídeo passa por diferentes registros visuais e narrativos, que nos convidam a pensar em uma história crítica do colecionismo e de sua relação com o mundo mapuche. A peculiaridade das fontes – navega- dor de internet, sites de museus e lojas on-line, anúncios antigos de suvenires, jornais, verbetes de dicionários do começo do século 20 – usadas para abordar as peças mapuche selecionadas (kollong, ketru metawe, tupu, pifüllka, trarüwe) cria um diálogo que pode ser extrapolado para outras realidades semelhantes onde há colecionismo, e para a relação desse fenômeno com os povos que ele afeta. Esse movimento começa quando o artista subverte o registro fotográfico do museu: as peças são impregnadas de um azul que mantém e sublinha sua forma, mas a expande para campos de significado diversos.