Sofia Borges

Sofia Borges

1971 | Lisboa, Portugal

Vive em Lisboa

É artista visual e pesquisadora, formada em artes e mestre em curadoria pela Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Trabalhando com filme, vídeo, instalação e arte pública, seus projetos de pesquisa, documentação e criação artística são realizados em colaboração, em uma perspectiva de intervenção e produção apoiada pelo diálogo e participação dos locais. Seus projetos foram apresentados em contextos informais, espaços públicos, contextos acadêmicos, mostras e festivais, dentre os quais Annual Copenhagen Film Festival, Dinamarca (2017); Festival Internacional de Lisboa, Portugal (2016), onde ganhou o Brand New Prize; Hospital Júlio de Matos, Lisboa (2010, 2003). Ganhou bolsas da Fundação Gulbenkian, Duquenes University e do Ministério da Cultura de Portugal. Vive em Lisboa.

 

53

53, 2022

Vídeo, 15'

Na segunda metade do século 19, países africanos intensificaram sua luta contra o colonialismo e por independência, recebendo respostas extremamente violentas. Foi nesse contexto que, em 3 de fevereiro de 1953, forças policiais coloniais portuguesas entraram na ilha africana de São Tomé e Príncipe e, por semanas, massacraram a população, causando um número enorme de mortes, desaparecimentos, prisões em campos de trabalho forçado e casos de tortura. A videoinstalação 53 foi realizada por Sofia Borges em colaboração com Honório Soares, Inocêncio Costa, Marta Espírito Santo e Domingos de Barros - atores e bailarinos da ilha. A obra tem base em fatos, testemunhos e percepções atuais sobre o massacre, recolhidos nas experiências dos performers, na memória coletiva e em relatos dos últimos sobreviventes e de seus familiares. A narrativa tem como guia uma conversa entre um curandeiro tradicional e espíritos de homens mortos no Massacre de 1953.