TANG Han
1989 | Guangzou, China
Vive entre Berlim e Hong Kong
É artista visual e cineasta, formada pela Guangzhou Academy of Fine Arts e mestre pela Berlin University of Arts. Seus vídeos, filmes, instalações e textos se baseiam em sua própria experiência de colisão cultural, partindo de elementos ou questões oriundos daquilo que na vida cotidiana tomamos por certo ou ignoramos. Ao investigar arquivos e apropriar-se de imagens da cultura pop e do consumismo, fragmentos e montagens de mídia, a artista os coloca em novas perspectivas. Seu trabalho foi exibido no KW Institute for Contemporary Art, Berlim, Alemanha (2022); Kunsthaus Dresden, Alemanha (2021); 64th DOK Leipzig, Alemanha (2021), onde ganhou o prêmio Silver Dove; HOW Art Museum, Xangai, China (2020); e Image Forum Festival, Tóquio, Japão (2020), onde ganhou o prêmio por excelência. Vive em Berlim.
Pink Mao, 2020
Vídeo, 22'30
No vídeo, TANG analisa meticulosamente a nota de cem yuans, que traz um retrato de Mao Tsé-Tung, e descobre que, apesar das representações oficiais e da percepção geral (em função da memória coletiva do Regime Vermelho), a cédula é rosa, e não vermelha. Em 1999, pouco antes de a China aderir à Organização Mundial do Comércio, o banco oficial do país emitiu a quinta edição das cédulas de Renminbi, ainda em uso. O rosa é frequentemente estereotipado como cor feminina, enquanto o retrato do líder masculino empresta à imagem forte caráter masculino, mais associado ao vermelho. Refletindo sobre o passado e o futuro da sociedade chinesa, a obra desmistifica algumas ideias preconcebidas sobre digitalização, globalização, capitalismo e gênero. Entrelaçado ao cotidiano contemporâneo de imagens e materiais históricos, este filme-ensaio contextualiza e discute a representação do retrato de Mao sobre as cédulas e a crise que se passa na era digital.