Tirzo Martha
1965 | Willemstad, Curaçao
Vive em Willemstad
É artista visual. Trabalha principalmente com instalação, mas também com escultura, vídeo e performance, abordando a acumulação de diversos objetos, ao mesmo tempo que busca engajamento social e político, frequentemente por meio da participação direta ou indireta do público no processo criativo. A maioria dos objetos utilizados provém do mundo da construção ou da nossa vida cotidiana, como blocos de cimento, ferro ondulado, madeira, tubos de argamassa e cestos de reforço, pneus de carro, latas, baldes, gaiolas, lâmpadas, correias, cadeiras e vasos sanitários. Seu trabalho foi exibido nas bienais de Curitiba (2011), Del Sur (2013), de Havana (2015) e de Moscou (2017); e em mostras no Amsterdam Museum, Holanda (2020); Queens Museum of Art, Nova York, EUA (2012); entre outros. Ganhou prêmios e bolsas do Mondriaan Fund, Museum Het Domein e do governo de Curaçao. Vive em Willemstad.
Republic of the Caribbean, 2023
Instalação
Na instalação, o artista traz algo da cultura visual das festas realizadas em espaços públicos de Curaçau e região: o uso de cadeiras de plástico para demarcar provisoriamente um território. Sobretudo no Carnaval, muita gente se serve desses assentos para ocupar a rua em Curaçau. Na obra, Martha utiliza o recurso pouco ecológico – também comum no Brasil – para criar uma espécie de coreografia a partir de corpos-objetos. Respondendo à arquitetura do Sesc 24 de Maio, e acompanhada por um vídeo, a instalação ganha um tom performático, espetacular e dramático. Remete à força da energia coletiva própria dos países que foram colonizados nas américas que, uma vez reunida – seja para festejar, seja para protestar –, desestabiliza qualquer estrutura.