Vitória Cribb
1996 | Rio de Janeiro-RJ, Brasil
Vive no Rio de Janeiro
É artista visual formada em design pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Em seus trabalhos em vídeo, cria narrativas digitais e visuais permeadas por técnicas como criação de avatares em 3D, filtros em realidade aumentada e ambientes imersivos. A investigação do comportamento social perante o desenvolvimento de novas tecnologias na sociedade contemporânea e a busca por transpor seu subconsciente para o ambiente digital são pontos centrais nas obras desenvolvidas pela artista nos últimos anos. Foi vencedora do Prêmio PIPA (2022), e recentemente participou de exposições coletivas em instituições como Denver Art Museum, EUA (2022); Framer Framed, Amsterdã, Holanda (2022); Museu Nacional da República, Rio de Janeiro, Brasil (2021); e Centre d'Art Contemporain Genève, Suíça (2020). Vive no Rio de Janeiro.
BUGs, 2022
Instalação
A instalação é composta por uma animação digital apresentada em um painel de LED e por uma impressão digital em papel de parede. Tanto a imagem impressa como o vídeo animado por computação gráfica retomam o avatar “vigilante”, utilizado em outras obras – uma personagem cibernética que habita o espaço virtual, cujo corpo é coberto de olhos e orelhas, e que nos observa e nos ouve continuamente por meio das tecnologias digitais. Se por meio do corpo digital dessa personagem a artista abordava a vigilância on-line descontrolada, em BUGs [insetos], as falhas e erros inesperados das máquinas digitais são aludidas pelo corpo virtual de um besouro, segundo a sinonímia que intitula a obra. Os excessos das máquinas e dos corpos humanos e de insetos contrastam com o aspecto asséptico da interface digital e da existência on-line. Por trás da limpeza aparente, porém, há o caráter ansioso e assustador da mistura entre o humano e o inumano por meio da tecnologia.