Natalia Skobeeva
1975 | Vladimir, Rússia | Vive entre Vladimir, Londres, Reino Unido, e Nuiewpoort, Bélgica
SOBRE | DEPOIMENTO
É artista. Seus vídeos mobilizam com ironia ícones da cultura de massa para tecer reflexões sobre a condição contemporânea. Concluiu mestrados na Universidade Estatal de Vladimir, Rússia; n Central Saint Martins College, Londres; e no Royal College of Arts, Londres. Realizou residências na Biblioteca da Goldsmith’s University (2018), e na Red Gate Residency, Beijing (2016), entre outras. Entre suas exposições individuais estão This Territory is Time, Espronceda Art Centre, Barcelona (2016); Horrors of Archiving, Objectif Exhibitions, Antuérpia (2016); e SET LOOSE and the Olympic Stadium, Gallery 1885 at the Camera Club, Londres (2012). Participou das mostras coletivas 6ª Taiwan International Video Art Exhibition, Hong-Gah Museum, Taiwan (2018) e da Bienal de Veneza (2019), entre outras.
Minha relação com a tecnologia começou quando passei a analisá-la como agente que expõe as mudanças na relação da humanidade consigo mesma e com a realidade. Acredito que as tecnologias contemporâneas oferecem certas possibilidades de abordagens descentralizadas e não prescritivas para os artistas. Meu interesse é testar o potencial dessas tecnologias.
Com um híbrido de prática experimental, uma das estratégias que emprego é associar e integrar ideias complexas e aparentemente díspares em narrativas coerentes e pungentes por meio de um sistema de informações e conhecimentos diversificados na mesma estrutura narrativa, além dessa superposição de códigos e linguagem informática.
No lugar entre a inteligência artificial e sua interface virtual e a vida humana, pretendo fazer frente aos sistemas ocidentais de conhecimento perturbando suas distinções e hierarquias da existência e da matéria.
Biographies of Objects
2018 | Vídeo, 6’33’’
O trabalho desconstrói a formação de identidades enrijecidas pelas tradições, voltando-se para as raízes históricas da cerâmica, num percurso que vai do Egito antigo à Pérsia, passando pela Mesopotâmia, China, Rússia, Europa e Grã-Bretanha, que leva o espectador a uma jornada narrada de um ponto de vista inumano, que questiona a cooptação de agendas políticas identitárias por pautas nacionalistas. Explora, também, futuros possíveis dentro de um discurso transnacional, por meio do prisma da física quântica e da tecnologia, buscando novos caminhos para uma humanidade em crise.